A taxa de extrema pobreza no Espírito Santo caiu para 1,7% da população em 2024, o menor patamar registrado em 12 anos, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o índice havia sido de 2,7%, considerado até então o melhor resultado da série histórica. Pela primeira vez, a taxa de pobreza também ficou abaixo de 20%, registrando 19,8% em 2024, contra 22,8% no ano anterior.
Além da redução da pobreza, o Estado apresentou melhora nos indicadores de desigualdade social. O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, chegou a 0,483 em 2024, mantendo-se abaixo da média nacional, que é de 0,506. A renda média das famílias capixabas também teve crescimento e passou de R$ 2.846, em 2023, para R$ 3.057 neste ano.
Avanços concentrados no pós-pandemia
Segundo os dados, esse movimento de melhora foi intensificado especialmente no período pós-pandemia, com a recomposição de políticas socioassistenciais. Essa atuação teve impacto direto nos indicadores sociais do Espírito Santo.
“Apesar dos avanços, a superação da extrema pobreza de forma definitiva e sustentável ainda é um desafio. Por isso, a Setades, sob a orientação do governador Renato Casagrande, tem mantido o foco em políticas públicas estruturantes. Nos últimos seis anos, foram investidos quase R$ 1 bilhão em ações voltadas à superação das vulnerabilidades sociais no território capixaba”, afirmou a secretária de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social, Cyntia Grillo.
Políticas integradas e foco na primeira infância
Entre os fatores destacados para os avanços estão o aumento do cofinanciamento dos serviços do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a ampliação das políticas de trabalho e geração de renda, os investimentos em segurança alimentar e nutricional, além da implementação de programas voltados à primeira infância.
A Secretaria também atua de forma intersetorial com outras áreas e níveis de governo, promovendo ações articuladas. “Acreditamos que respostas conjuntas são mais eficazes e sustentáveis no combate à pobreza e à extrema pobreza”, completou Grillo.