A Justiça Eleitoral prossegue com a investigação sobre uma suposta fraude à cota de gênero por parte do Partido Progressista (PP) de Linhares nas eleições de 2024. Com o deferimento de recurso apresentado pelo partido, a relatora do caso no Tribunal Regional Eleitoral do Estado manteve a diplomação do único candidato eleito pela sigla, Kauan do Salão, e de seus suplentes, prevista para a próxima segunda-feira (16).
Apesar disso, a investigação continua. Caso a irregularidade seja comprovada, os candidatos podem ter seus mandatos cassados e serem declarados inelegíveis.
Suspeita de fraude
O Ministério Público do Espírito Santo apurou que a candidatura da vereadora Larissa Tomaz (PP) foi viabilizada por meio de uma ata complementar apresentada após a convenção partidária da sigla, substituindo outra candidata, Ivani Marini (PP), cujo registro havia sido indeferido.
Conforme apontado na ação, há indícios de que a candidatura de Larissa tenha sido fictícia, criada apenas para atender ao requisito de cota de gênero — que exige que pelo menos 30% das candidaturas de um partido sejam femininas — e não para, de fato, disputar o pleito.
A ação foi recebida, e uma liminar foi concedida pela juíza da 25ª Zona Eleitoral de Linhares, Emília Coutinho Lourenço, no dia 2 de dezembro. No entanto, o partido ingressou com um mandado de segurança para suspender a decisão e garantir a diplomação do vereador eleito, que está agendada para o próximo dia 16.