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Linhares celebra o Dia de Nossa Senhora da Conceição neste domingo; confira a programação

07 dez 2024 - 22:51

Redação Em Dia ES

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Domingo será marcado por missas, terços e orações em honra à padroeira de Linhares
Missas, terços e orações marcam o dia da padroeira. Foto: Reprodução

Terminou neste sábado (7) a novena em honra a Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município de Linhares. Neste domingo (8), dia da padroeira, a programação inclui:

8h: Caminhada com Nossa Senhora da Conceição até a Igrejinha Velha.
10h: Ofício da Imaculada.
11h: Terço dos homens.
12h: Terço com a RCC.
13h: Terço e Cenáculo Mariano com as mães que oram pelos filhos.
17h: Missa solene presidida pelo bispo diocesano, dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa.

História da padroeira de Linhares
No ano de 1800, o governador da Capitania do Espírito Santo, Antônio Pires da Silva Pontes, subiu o Rio Doce, a partir de sua foz. Assim, teve início a hostil convivência entre os brancos invasores e os verdadeiros donos das lagoas, matas e do Vatu (primeiro nome dado ao Rio Doce), os índios botocudos, que habitavam o lugar e destruíram completamente o primeiro povoado.

Em 1809, o governador Manoel Vieira de Albuquerque Tovar fundou na região uma povoação sobre os escombros do antigo Quartel Coutins, dando-lhe o nome de Linhares, em homenagem a dom Rodrigo de Souza Coutinho, o Conde de Linhares. O povoado situava-se em um platô em forma de meia-lua, às margens do Rio Doce. Para proteger a população de possíveis ataques indígenas, dois quartéis militares foram instalados: um onde hoje é o Bairro Aviso (daí a origem do nome) e outro nas proximidades do atual Colégio Estadual. Um ano depois, o povoado foi elevado à condição de paróquia.

Em 1813, Linhares recebeu o padre Pedro do Rosário Ferreira. Em setembro de 1817, iniciou-se a construção da primeira igreja católica de Linhares, que teve como padroeira Nossa Senhora da Conceição. À época, Linhares contava com 305 moradores.

Entre 1812 e 1819, a capitania do Espírito Santo foi governada por Francisco Alberto Rubim. Ele foi parabenizado por D. João VI pelos esforços realizados para o desenvolvimento da região, como a abertura de estradas, expansão de lavouras, incentivo à mineração e melhoria das condições de navegação. Rubim também construiu importantes edificações, como a Casa de Misericórdia e a reforma do Forte São João, iniciativas que atraíram imigrantes.

Em 1819, por ordem de Rubim, foi feita uma “Vista e Perspectiva do Povoado de Linhares” e concluída a construção da primeira igreja, patrocinada por ele. O povoado foi erguido ao redor de uma praça quadrada — a atual Praça 22 de Agosto — que preserva até hoje seu traçado original. Nessa mesma praça, no passado, os índios dançavam e cantavam.

Em 1825, a igreja foi quase destruída por um vendaval, e os cupins reduziram seus escombros a pó em 1857. Dois anos depois, Francisco Ravara finalizou a construção de uma capela onde, segundo indícios, dom Pedro II participou de uma missa em 5 de fevereiro de 1860. Essa igreja, hoje conhecida como a Igrejinha da Rua da Conceição, foi concluída em 1888 e recebeu o nome de “Matriz de Pereira Carvalho”.

Nos primórdios da cidade, diversos padres, frades e cônegos passaram pela região. Apenas em 1944, Linhares teve um padre residente, Aníbal Ademar Vieira da Cunha.

Questões políticas
Por volta de 1840, Linhares fazia parte de um território vasto, abrangendo os atuais municípios de Colatina, Baixo Guandu, Pancas, São Gabriel da Palha e partes de Ibiraçu, Santa Teresa e Itaguaçu. A vila, então chamada “Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Linhares”, foi criada em 21 de agosto de 1833, com a primeira sessão da Câmara de Vereadores realizada no dia seguinte. À época, Linhares tinha 713 habitantes.

Em 1841, Linhares perdeu o status de vila e foi incorporada ao território de Colatina. Nos cerca de 200 anos de história, a cidade recebeu figuras ilustres, como o imperador dom Pedro II, em 1860, e o presidente Getúlio Vargas, em 1954.

Em 1943, o governador Jones dos Santos Neves sancionou um decreto recriando o município de Linhares e nomeando o primeiro prefeito, Roberto Calmon. Em 1947, o então prefeito Manoel Salustiano de Souza instituiu o dia 8 de dezembro como feriado municipal, em celebração ao dia da padroeira. Em 18 de setembro de 1960, o cônego Henrique Zampereti, com o bispo dom João Baptista da Motta e Albuquerque, lançou a pedra fundamental da Igreja Matriz de Linhares, dedicada a Nossa Senhora da Conceição.

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Atualizado: 07/12/2024 22:54

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