Nesta quinta-feira (14), o Dia Mundial de Combate ao Diabetes destaca a necessidade de cuidados permanentes para pessoas que convivem com essa doença crônica e a importância da prevenção para reduzir riscos à saúde. No Espírito Santo, estima-se que 9,6% da população adulta seja portadora de diabetes, o que representa cerca de 368 mil pessoas.
O Diabetes Mellitus (DM) é caracterizado por níveis elevados de glicose no sangue, devido à produção insuficiente ou ao mau uso de insulina pelo corpo. A doença é dividida em três tipos: o tipo 1, mais comum em crianças e adolescentes, exige o uso diário de insulina para controle da glicemia; o tipo 2, associado a fatores como sedentarismo e sobrepeso, é predominante em adultos; e o diabetes gestacional, que ocorre durante a gravidez. A médica Juliana de Paula Peixoto, especialista em endocrinologia da Secretaria de Saúde (Sesa), reforça que “o diabetes é uma doença silenciosa, que precisa de tratamento oportuno e eficaz”.
De acordo com dados da Sesa e da pesquisa Vigitel 2023, dos 368 mil portadores de diabetes no Espírito Santo, cerca de 90% têm o tipo 2, somando 331.232 pessoas, enquanto 10%, ou 36.804 pessoas, convivem com o tipo 1. Ainda, o Brasil é o terceiro país no mundo em prevalência de diabetes tipo 1 entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, com 92.300 casos. Estima-se que, no Espírito Santo, haja aproximadamente 1.725 casos dessa faixa etária.
O diabetes também está ligado a complicações cardiovasculares e renais, que aumentam o risco de morte. Dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) apontam que, até 11 de novembro deste ano, foram registradas 1.210 mortes relacionadas ao diabetes no estado. Em 2023, foram 1.714 óbitos.
O tratamento do diabetes é realizado gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas recomendam uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e uso de medicamentos prescritos para controle glicêmico e prevenção de complicações. O bem-estar mental também é considerado essencial para o tratamento. “Cuidar bem do coração e dos rins, com o uso de medicações para o controle de pressão e colesterol, é fundamental”, destaca Juliana Peixoto, enfatizando a importância de uma abordagem integrada no cuidado ao paciente.