O Fórum Internacional do G20 vai receber os líderes das principais economias do mundo, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O intuito do grupo é discutir e promover a cooperação em questões financeiras e econômicas globais. O encontro costuma acontecer anualmente.
Fazem parte do grupo os países mais industrializados do mundo: Brasil, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia -, além da União Europeia e União Africana.
Os países que ocupam a presidência rotativa do grupo também podem convidar outras economias mundiais para participar das discussões.
Na presidência brasileira, foram convidados Angola, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Cingapura.
G20
G20 é a abreviação de “grupo dos vinte”. Ele foi criado no final da primeira década dos anos 2000, em reflexo à crise financeira que se seguiu ao colapso do banco Lehman Brothers.
Nesse período, a reunião era feita por ministros das finanças e dos diretores dos bancos centrais do G20, mas estendeu-se ao nível de chefes de estado e aconteceu pela primeira fez em Washington, nos EUA, em novembro de 2008.
Depois disso, as reuniões de Cúpula foram realizadas semestralmente até 2010, e anualmente a partir de 2011.
A denominação Cúpula do G20 refere-se à reunião entre os chefes de Estado ou de Governo dos países membros.
O termo “Cúpula” se dá em razão a uma definição em inglês (Summit) e refere-se ao ponto mais alto de uma montanha. Portanto, a Cúpula é o momento de ápice das mais de cem reuniões do G20 ao longo de todo um ano.
Atualmente, nesta agenda inclui temas de interesse da população mundial, como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas, combate à corrupção e estabilidade econômica global.
Como funciona?
O G20 é organizado em duas faixas de atuação: trilha de Sherpas e trilha de Finanças.
Sherpas são representantes oficiais dos líderes dos países-membros participantes, responsáveis por acompanhar as negociações e discutir as principais pautas do grupo.
O termo “sherpa” tem suas raízes no alpinismo e refere-se a um assistente que guia os alpinistas até o cume de uma montanha. Os Sherpas do G20, por meio de sua estreita comunicação, lideram os preparativos para uma reunião de cúpula bem-sucedida.
Já a de Finanças, comandada por líderes dos ministérios da economia e presidentes de bancos centrais, trata de temas macroeconômicos. O grupo se reúne pelo menos quatro vezes por ano (duas delas em paralelo às reuniões gerais do Banco Mundial e do FMI).
Além disso, o sistema da troika do G20 foi oficialmente adotado na Cúpula de Cannes, na França, em 2011, como a estrutura para conduzir o processo do G20.
A “troika” consiste nas presidências atual, anterior e seguinte do G20, e os três membros cooperam entre si na preparação da Cúpula do G20. Durante a presidência brasileira, o país trabalhará em estreita colaboração com a Índia e a África do Sul.
Brasil no G20
Desde dezembro de 2023, o Brasil assume a presidência do G20. Com isso são discutidos assuntos prioritários do atual governo brasileiro, incluindo o combate à fome, pobreza e desigualdade, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global.
Com o slogan “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, a presidência brasileira do G20 busca estimular e fortalecer um espaço para a participação da sociedade civil nas discussões e formulações de políticas relacionadas do grupo.
Nisso inclui atividades de 12 grupos de engajamento, coordenados entre as trilhas política e financeira e atores não-governamentais, permitindo que os participantes contribuam para o processo de formulação de políticas do grupo.
Dessa forma, estão previstas mais de 30 reuniões dos grupos de engajamento e outras atividades envolvendo as sociedades dos países do agrupamento.