Com o objetivo de mitigar os impactos das arboviroses no próximo período sazonal, foi lançado nesta quarta-feira (18) o Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses.
O plano envolve estratégias de prevenção, controle e vigilância de doenças como dengue, chikungunya, Zika e oropouche, e conta com a colaboração de profissionais de saúde e pesquisadores de todo o país.
Até o momento, em 2024, o país contabiliza 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5,3 mil óbitos. O Espírito Santo registrou 147,3 mil casos e 40 mortes no período. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, que também aponta 6,5 mil casos prováveis de Zika, 256,2 mil de chikungunya e mais de 8 mil casos confirmados de oropouche em todo o país. No Espírito Santo, foram 502 casos prováveis de Zika, 13 mil de chikungunya e 468 de oropouche.
O plano, lançado durante um evento no Palácio do Planalto, reúne medidas de combate com foco em seis eixos de atuação: prevenção, vigilância, controle vetorial, manejo clínico, preparação para emergências e comunicação comunitária. As ações terão implementação imediata e são voltadas especialmente para regiões com maior vulnerabilidade social.
A iniciativa foi construída com base em evidências científicas e novas tecnologias, como as Estações Disseminadoras de Larvicida, que serão usadas em periferias de grandes centros urbanos. Esse método já foi testado em 14 cidades brasileiras entre 2017 e 2020 e mostrou resultados positivos na redução de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de diversas doenças.
Além disso, o plano destaca a importância da vacinação contra a dengue, embora com restrições devido ao quantitativo limitado de doses. Para o período intersazonal, ações preventivas como a eliminação de criadouros serão intensificadas, enquanto para o período sazonal está previsto o fortalecimento da rede assistencial, a fim de reduzir hospitalizações e óbitos evitáveis.
“A redução dos impactos das arboviroses depende da união de esforços entre sociedade, instituições públicas e privadas e governos locais”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante o lançamento do plano.
Segundo ela, a meta é garantir uma resposta coordenada e eficiente diante dos cenários que possam surgir no próximo ciclo de chuvas, período que tradicionalmente registra aumento no número de casos dessas doenças.