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‘Chuva preta’ pode atingir Espírito Santo devido ao aumento das queimadas

13 set 2024 - 13:52

Redação Em Dia ES

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Fenômeno já ocorreu no Rio Grande do Sul e Uruguai; monitoramento das nuvens de fumaça é essencial para prever a situação no Sudeste
Chuva Preta pode atingir Espírito Santo devido ao aumento das queimadas. Foto: Reprodução/Redes sociais

A possibilidade de o Espírito Santo enfrentar o fenômeno conhecido como “chuva preta” nos próximos dias não está descartada, segundo previsões do Climatempo. O fenômeno já foi registrado no Rio Grande do Sul e no Uruguai, causado pela fumaça oriunda de queimadas. A expectativa é de que a região Sudeste possa ser afetada, embora a chance seja considerada baixa até o próximo domingo (15).

Conforme o Climatempo, a chegada de uma nova frente fria está prevista apenas para a noite de segunda-feira (16) ou terça-feira (17). Até lá, a previsão é de chuvas fracas e passageiras no litoral, mas o fenômeno de chuva preta poderá ocorrer caso a nuvem de fumaça avance com o deslocamento da frente fria. O instituto reforça a necessidade de monitoramento constante nos próximos dias.

Atualmente, imagens de satélite mostram focos de queimadas distribuídos em diversas áreas do Espírito Santo. Dados do monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que o estado já acumulou 122 focos de fogo somente no mês de setembro. As imagens capturadas pelo satélite GOES 16, feitas pelo CIRA/RAmmB, registraram plumas de fumaça saindo de aglomerados de focos de queimadas, principalmente nos focos mais intensos.

O fenômeno da “chuva preta” ocorre quando partículas de fuligem, também chamadas de soot, se misturam com as gotas de chuva, causando uma alteração em sua coloração. Embora essa precipitação não seja tóxica, a presença dessas partículas na atmosfera pode causar preocupação quanto à qualidade do ar e aos impactos das queimadas.

Em 2019, São Paulo já enfrentou uma situação semelhante, quando o céu escureceu durante a tarde devido à fumaça vinda das queimadas na Amazônia. A fuligem pode agravar problemas respiratórios, principalmente em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes.

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