No dia 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista, uma data dedicada a esses profissionais essenciais para a promoção da saúde e do bem-estar por meio da alimentação. A nutrição adequada é fundamental em todas as fases da vida, mas assume considerável importância durante o envelhecimento.
Na terceira idade, uma dieta equilibrada pode influenciar significativamente a qualidade de vida, a prevenção e o cuidado com doenças. Nesse sentido, a Secretaria da Saúde (Sesa) parabeniza os profissionais de Nutrição e informa a população sobre dicas alimentares que ajudam não apenas na promoção da saúde, mas também na melhoria da vitalidade e disposição, permitindo ao indivíduo desfrutar a vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são consideradas idosas ou de terceira idade as pessoas com 60 anos ou mais. No Espírito Santo, vivem aproximadamente 632.603 pessoas nessa faixa etária, o que representa cerca de 16,50% da população capixaba (Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE).
À medida que envelhecemos, nosso corpo passa por diversas mudanças fisiológicas que podem afetar a nutrição e a saúde geral. A redução do metabolismo, a diminuição da massa muscular, a alteração na absorção de nutrientes e a perda de apetite são alguns dos desafios enfrentados pelos idosos.
Diante disso, o trabalho do nutricionista é fundamental para a saúde, aliando cuidados e dicas de uma alimentação saudável, equilibrada e balanceada, ajudando o corpo a absorver os nutrientes necessários, aumentando a energia e fortalecendo o sistema imunológico, o que pode mitigar esses efeitos, proporcionando uma série de benefícios e melhorando a qualidade de vida.
A nutricionista do Centro Regional de Especialidades (CRE) da Secretaria de Saúde (Sesa), Eliana Ribeiro, ressalta que a alimentação saudável na terceira idade é fundamental para promover a saúde.
“Com o auxílio do nutricionista e as escolhas corretas, a alimentação saudável na terceira idade torna-se uma grande aliada na prevenção e no tratamento de doenças, permitindo ao idoso uma vida plena e ativa. Com escolhas alimentares adequadas, é possível viver com mais saúde, vitalidade e bem-estar, prevenindo o aparecimento de doenças e auxiliando também no tratamento de condições já existentes”, destaca a nutricionista.
Eliana Ribeiro também chama a atenção para a importância da convivência familiar e social do idoso, para que ele possa ter uma vida saudável e ativa, inclusive no aspecto intelectual.
“A inclusão e a motivação social das pessoas da terceira idade desempenham um papel crucial na promoção de uma vida saudável e em melhores hábitos alimentares. Quando os idosos estão inseridos em ambientes sociais ativos e participativos, eles têm maior acesso a informações sobre nutrição e hábitos saudáveis, além de poderem compartilhar refeições em companhia, o que torna o ato de se alimentar mais prazeroso e menos solitário”, ressalta a nutricionista.
Segundo Eliana Ribeiro, participar de atividades em grupo, como atividades físicas ou hobbies, como grupos de leitura, artesanato, cuidar de um jardim, ler livros, ver filmes, se reunir com amigos e família algumas vezes por semana, montar quebra-cabeças, entre outros, ajuda a combater a depressão e o isolamento, fatores que, muitas vezes, levam à negligência com a alimentação.
“Portanto, a inclusão social não só enriquece a vida dos idosos, mas também contribui diretamente para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, essenciais para o bem-estar físico e mental nessa fase da vida”, completa Eliana Ribeiro.
Entre as orientações da nutricionista, estão a hidratação adequada, o consumo de proteínas de qualidade, a redução de sal e açúcar, e a ingestão de alimentos ricos em fibras e vitaminas essenciais, como o cálcio e a vitamina D. Essas práticas alimentares não apenas promovem a longevidade, mas também garantem que os anos sejam vividos com saúde e bem-estar.
Por fim, Ribeiro reforça a importância de consultas regulares ao médico, mesmo na ausência de sintomas, para o monitoramento de possíveis deficiências nutricionais e doenças crônicas, como o diabetes, que podem ser silenciosas.
