A fabricação de produtos alimentícios foi a principal atividade industrial no Brasil em 2022, segundo a Pesquisa Industrial Anual — Empresa, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A contribuição dessa atividade foi de 22,5% da Receita Líquida de Vendas (RLV).
Esse é o segmento industrial que mais emprega no Brasil. Em 2022, as indústrias ocupavam 8,3 milhões de pessoas, sendo 22,8% — cerca de 1,9 milhão — delas da fabricação de produtos alimentícios.
Na comparação com os outros segmentos da atividade industrial, o segmento alimentício foi o único a ampliar a participação na força de trabalho do setor frente a 2013. O aumento foi de 3,7 p.p.
Panorama geral da indústria
A indústria brasileira teve, em 2022, o maior volume de empresas da série histórica, que começou em 2007.
Com isso, a quantidade de companhias com uma ou mais pessoas ocupadas chegou a 346,1 mil. O valor supera em 12,9% o registrado em 2019, período pré-pandemia.
O setor gerou ainda R$ 6,7 trilhões em RLV em 2022. Deste valor, R$ 436,8 bilhões vieram das indústrias extrativas e R$ 6,2 trilhões corresponderam às indústrias de transformação.
Quanto ao Valor de Transformação Industrial (VTI), foram gerados R$ 2,5 trilhões, com 89,3% originados das indústrias de transformação. Nesse recorte, a região Sudeste teve destaque, com 61,1% de participação, o maior nível registrado em dez anos.
Para a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana, os resultados da pesquisa “estão inseridos em um contexto de recuperação da indústria brasileira, com a retomada do crescimento econômico e o arrefecimento da inflação.”