O Espírito Santo deve ganhar uma nova rota turística. A antiga e desativada estrada de ferro Leopoldina corta 11 municípios capixabas, entre a região Metropolitana e o Sul do Estado. A rota deve contar com museus, centros culturais e feiras de artesanato no entorno dos trilhos e nas antigas estações.
Atualmente, a ferrovia está sob concessão da empresa VLI, mas há uma mobilização do Estado e dos municípios para que a estrutura seja melhor utilizada, pondo fim às décadas de abandono e depredação.
“Pretendemos transformar a Estrada de Ferro Leopoldina em polo turístico no Espírito Santo. Estamos atendendo um pedido dos prefeitos das 11 cidades por onde a estrada de ferro passa. Nas áreas urbanas ou mais próximas das cidades, será possível criar espaços multiculturais, fomentando o empreendedorismo, as tradições e o fortalecendo o turismo de cada região. Próximo passo é entregar um documento ao Ministro dos Transportes, Renan Filho, sugerindo o fim da concessão por parte da VLI”, disse Philipe Lemos, Secretário de Estado do Turismo.
Em Brasília, o deputado federal capixaba Gilson Daniel (Podemos) se reuniu com o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George André Santoro, para alinhar a devolução e a cessão da Ferrovia Leopoldina para os municípios do Espírito Santo.
“Estamos trabalhando pela devolução da Ferrovia Leopoldina por parte da concessionária e sua cessão para os 11 municípios que são cortados pela estrada. Queremos que esses espaços sejam ocupados pelos moradores da região e turistas, com parques, museus e restaurantes”, disse Gilson Daniel.
Também conhecida como Ferrovia Centro-Atlântica, a estrada de ferro Leopoldina começou a ser construída no final do século XIX. Atualmente, a estrutura está muito deteriorada e em ruínas, mas guarda importante valor histórico e cultural para o Espírito Santo.