O Ministério da Saúde ampliou o público-alvo da vacinação contra a dengue para evitar perdas de estoques de vacinas que estão próximas do vencimento. Doses com validade até 30 de abril poderão ser aplicadas, preferencialmente, em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.
O Espírito Santo não se enquadra nessa recomendação, pois recebeu vacinas com validade para 30 de junho e 31 de julho.
O Portal Vacina e Confia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que, até esta quinta-feira (18), o Espírito Santo imunizou 33.420 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos com a primeira dose. Esse número corresponde a 22,93% do público-alvo.
Apenas 123 retornaram aos postos para receber a segunda dose do imunizante (0,08%).
A vacina da dengue requer duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. As segundas doses serão encaminhadas pelo órgão federal posteriormente para todos os municípios já contemplados.
A campanha de vacinação contra a dengue teve início em fevereiro, com a distribuição de doses para 521 municípios selecionados no país. Para o Espírito Santo, foram destinadas 58.530 doses de vacina na primeira remessa.
Em abril, o estado recebeu 8.570 novas doses. O público-alvo prioritário são crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.
No estado, 29 municípios continuam a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos: Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Colatina, Conceição da Barra, Ecoporanga, Governador Lindenberg, Jaguaré, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Montanha, Mucurici, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Mateus, São Roque do Canaã, Sooretama, Vila Pavão, Vila Valério.
“Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios”, alerta o Ministério da Saúde.