O governador do Estado, Renato Casagrande, durante visita ao município de Jaguaré, microrregião Nordeste capixaba, nesta quinta-feira (21), falou sobre a situação atual do Espírito Santo e os desafios que podem surgir no futuro.
Casagrande ressaltou que o Estado é o que mais investe no Brasil, proporcionalmente, com 20% da receita destinada a investimentos em infraestrutura. Ele atribuiu essas conquistas ao povo capixaba e destacou a importância de manter esses avanços.
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O governador, no entanto, também alertou sobre dois grandes riscos que, na visão dele, a sociedade capixaba pode enfrentar nas próximas eleições municipais deste ano e na eleição para o Governo em 2026.
Segundo Casagrande, o patrimonialismo seria um desses riscos. Segundo o mandatário capixaba, isso é “escolher alguém que, ao invés de gostar de trabalhar, quer se enriquecer no cargo público. É a população capixaba colocar alguém no governo que só pensa no caixa do tesouro e no enriquecimento ilícito”, afirmou.
O governador ressaltou a importância de eleger líderes comprometidos em promover o bem-estar da população e gerir os recursos de forma responsável, em vez de priorizar interesses pessoais.
Casagrande também expressou preocupação com a possibilidade de surgirem líderes políticos que adotem posturas ideológicas extremas, excluindo o diálogo e a colaboração com diferentes setores da sociedade.
“Uma ideologia radical que não produz nada e que só quer governar para aqueles que pensam igual e que só concordam com aqueles que pensam igual. Nós sabemos que para governar, para ser governador, para ser prefeito, a gente tem que conversar com quem a gente gosta e com quem a gente não gosta. Eu tenho que governar conversando com um grande produtor rural e tenho que conversar com um trabalhador que não tem terra, eu preciso conversar com todo mundo”, disse.
“Eu não posso optar por governar só conversando com algumas pessoas que eu tenho afinidade. Então assim, tem gente no Brasil, no mundo, que só quer dividir a sociedade. Um governante tem que unir, ao invés de dividir, tem que agregar para poder governar bem”, finalizou Casagrande.