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Coleta de esgoto cresce no ES, mas em 31 municípios atende a menos da metade da população

23 fev 2024 - 14:46

Redação Em Dia ES

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Considerando o conjunto da população morando em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica, os valores foram de 72,9% em 2010 e 82,5% em 2022
Coleta de esgoto cresce no ES, mas em 31 municípios atende a menos da metade da população. Foto: Divulgação/CESAN

O total da população morando em domicílios com coleta de esgoto cresceu no Espírito Santo. Segundo o novo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número passou de 66,2% em 2010 para 74,2% em 2022.

Considerando o conjunto da população morando em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica, os valores foram de 72,9% em 2010 e 82,5% em 2022.

No entanto, segundo o IBGE, em 31 municípios, menos da metade da população mora em casas com coleta de esgoto. Em 11, menos da metade dos habitantes reside em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica.

Banheiros
A presença de banheiros nos domicílios capixabas está crescendo. Em 2010, era de 98,7%, e em 2022, foi para 99,9%, um crescimento de 1,2%. As casas com banheiro único passaram de 71,8% para 65,5%, indicando uma elevação de 6,3 pontos percentuais nos locais com dois ou mais.

Nos domicílios onde havia banheiro ou sanitário, o Censo Demográfico investigou o tipo existente. A maioria, 1,1 milhão de casas onde vivem 2,8 milhões de pessoas (72,9%), é por rede geral ou pluvial.

Um grupo representando 1,3% da população tem fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede, situação em que o esgoto primeiro passa por algum tipo de solução individual no domicílio e depois é destinado à rede geral.

Outro contingente, de 8,3%, mora em domicílios onde o esgotamento sanitário é por fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede, solução individual de saneamento que é considerada adequada pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLAN-SAB).

O conjunto da população atendida por esgotamento por rede ou por fossa séptica atingiu 82,5% em 2022. Os 17,5% restantes residiam em domicílios com soluções de esgotamento sanitário mais precárias.

Fossa rudimentar ou buraco ainda alcança 12,4% da população. Com menores proporções aparecem o esgotamento diretamente em rio, lago, córrego ou mar (3,2%), o esgotamento por vala (1,7%) e o esgotamento por outra forma (0,2%).

Segundo o IBGE, 0,02% da população capixaba mora em domicílios sem banheiro ou sanitário e, portanto, sem nenhum tipo de esgotamento.

Água encanada
Em 1,4 milhão de casas no Espírito Santo, onde moram 3,8 milhões de pessoas, 99,4% da população tem água encanada, diretamente em torneiras, chuveiros e vasos sanitários. Para 0,4%, a água chega por cano, mas apenas no terreno.

Para outros 0,2%, a água não chega encanada, ou seja, precisa ser transportada em baldes, galões, veículos ou outros recipientes para uso pelos moradores. Entre os municípios do Estado, Governador Lindenberg (8,2%), Viana (2,3%) e Ibatiba (1,4%) são os com maiores proporções de população sem água encanada.

Santa Leopoldina (8,9%), Ponto Belo (5,8%) e Marilândia (2,6%) têm as maiores proporções de população com água canalizada, mas apenas no terreno.

Ainda segundo o IBGE, caiu a proporção de pessoas morando em domicílios sem encanamento entre 2010 e 2022. Passou de 97,6% para 97,1% (-0,5%). Os que vivem em casas com encanamento apenas no terreno somam 1,7%, e os sem encanamento são 0,7%.

A principal forma de abastecimento de água é por rede, em 1,2 milhão de domicílios, onde residem 3,2 milhões de pessoas, equivalendo a 83,7% da população residente no Estado. A segunda forma mais comum é poço profundo ou artesiano (8,2%).

Na sequência, aparecem fonte, nascente ou mina (5%) e poço raso, freático ou cacimba (2,9%). Embora expressem níveis diferentes de qualidade e segurança, essas quatro formas de abastecimento também são consideradas adequadas para fins de PLAN-SAB, explica o IBGE. Em conjunto, essas quatro formas atendem a 99,7%.

Tem abastecimento por carro-pipa 0,1% da população. Por rios, açudes, córregos, lagos e igarapés 0,1% e por água da chuva armazenada 0,01%. Um conjunto de 0,1% da população usa outra forma de abastecimento, não se encaixando nas opções disponibilizadas pelo Censo Demográfico.

O Censo 2022 também mostra diferenças na forma de abastecimento de água entre os municípios: enquanto em Vitória o percentual de moradores com rede geral é de 99,5%, em Santa Leopoldina é de 23,6%.

Coleta de lixo
Quanto à coleta de lixo, ela passou a atender 92,8%. Em 2010, atendia a 87,5%. Para 81,2% da população capixaba, ela é feita por serviço de limpeza, bem superior aos que depositam em caçambas (11,6%).

Cerca de 7,2% das pessoas recorrem a soluções locais ou individuais para a destinação do lixo. Para 6,8% da população, ele é queimado na propriedade e para 0,1% é enterrado. Um grupo de 0,2% da população joga em terreno baldio, encosta ou área pública, e 0,2% dão outro destino.

Os municípios com maiores percentuais de população atendida por coleta de lixo são Vitória (99,7%), Serra (99,6

%) e Vila Velha (99,3%), e os menores são Vila Valério (48,6%), Águia Branca (51,6%) e Pancas (54,1%).

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Atualizado: 26/02/2024 22:15

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