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Novo secretário de segurança do ES defende uso de câmeras corporais por policiais

07 fev 2024 - 09:45

Redação Em Dia ES

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Ricas disse que pretende integrar ainda mais as forças policiais, reforçar o trabalho contra as guerras entre facções e mobilizar a inteligência para combater o tráfico de armas ilegais no ES
Novo secretário de segurança do ES defende uso de câmeras corporais por policiais. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O novo secretário de segurança pública do Espírito Santo foi apresentado oficialmente na tarde desta terça-feira (06) pelo governador do estado, Renato Casagrande, no Palácio Anchieta em Vitória.

O delegado federal Eugênio Ricas assume a pasta no lugar do coronel Alexandre Ramalho, que deixou o cargo no início deste mês para se dedicar a projetos políticos. Para assumir a secretaria de segurança, Ricas vai deixar a superintendência regional da Polícia Federal e será cedido pela instituição ao governo do estado.

Em entrevista coletiva, o novo secretário disse que pretende integrar ainda mais as forças policiais, reforçar o trabalho contra as guerras entre facções e mobilizar a inteligência para combater o tráfico de armas ilegais no estado.

Um dos pedidos do governador é que Ricas dê continuidade do programa Estado Presente. Ricas também afirmou que um dos seus principais objetivos à frente da pasta é colocar o Espírito Santo entre os três estados menos violentos do país.

“A missão dada pelo governo foi continuar reduzindo o número de homicídios não é uma tarefa fácil. A cada ano que a gente diminui, a tarefa se torna ainda mais difícil. A missão, então, é continuar o trabalho que tem sido feito, para que a gente consiga reduzir, a cada ano, o número de homicídios e chegar no patamar próximo aos cinco ou três estados menos violentos do país”, afirmou.

O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), que também participou da coletiva na sede do Executivo estadual, corroborou com o discurso do novo secretário e ainda acrescentou que pediu que os esforços da pasta também sejam voltados para o uso da tecnologia em favor da segurança pública.

“Quando decidimos fazer o convite para o delegado Eugênio Ricas assumir a secretaria, pensamos na continuidade do trabalho que vem sendo feito para reduzir a criminalidade e a violência no Estado, bem como a gente tenha cada vez mais investimentos em novas tecnologias na área da Segurança”, disse o governador.

Para o novo secretário, os investimentos em tecnologia e inteligência, por exemplo, são ferramentas primordiais no enfrentamento à atuação de grupos criminosos que se articulam para fomentar a criminalidade e a violência no Estado.

“Tenho defendido que precisamos de um tripé para combater o crime organizado: investimento em tecnologia, em inteligência e cooperação. Graças aos investimentos do governo em tecnologia, os resultados estão vindo e, com certeza, deverão vir ainda mais”, pontuou.

Entre as medidas defendidas pelo novo secretário está a ampliação da tecnologia, incluindo o uso de câmeras corporais nos uniformes policiais. No fim do ano passado, o Casagrande anunciou que os equipamentos estava em fase de aquisição pelo Executivo estadual.

Para o novo secretário de Segurança Pública, as câmeras vão possibilitar mais transparência durante as abordagens policiais.

“As câmeras corporais são uma saída inteligente, que auxilia o trabalho dos policiais que estão na rua, auxilia a sociedade e traz transparência para as ações policiais. Já há um processo para aquisição dessas câmeras, o que vai contribuir muito para a questão da segurança”, avaliou.

Questionado sobre o trabalho que pretende fazer à frente da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) no que se refere aos casos de violência doméstica e feminicídio, Eugênio Ricas destacou que o Estado, assim como ocorre em outras partes do país e do mundo, tem de lidar com algo que também está relacionado a questões culturais.

O novo secretário ainda frisou que o Espírito Santo, segundo ele, soluciona 100% por contas envolvendo feminicídio.

“O feminicídio é um crime bárbaro e que merece todo o nosso repúdio. Aqui no Espírito Santo todos os casos foram resolvidos, com o autor identificado. Isso é um ponto e que merece ser destacado. No entanto é necessária uma evolução como sociedade. É preciso superar o machismo, essa sensação que muitos homens têm de que têm domínio sobre a mulher. Se a gente não vencer o machismo, vai ser difícil, porque a polícia faz o seu trabalho, mas também é importante uma mudança cultural na sociedade”, disse.

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Atualizado: 26/02/2024 22:17

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