A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) se posicionou, nesta quarta-feira (29), contrária a decisão do governo federal que vetou integralmente a prorrogação da desoneração da folha de pagamento.
Segundo a Findes, a manutenção da desoneração é fundamental para garantir a competitividade das indústrias nacionais e a preservação dos empregos.
O vetou integral aconteceu no dia 23, válido para 17 diferentes setores da economia até 2027 (PL 334/2023). Consequentemente, a medida de redução de encargos será encerrada no dia 31 de dezembro deste ano.
De acordo com a Findes, entre os segmentos que, atualmente, são desonerados estão os de confecção e vestuário, têxtil, calçados, proteína animal, construção civil e construção e obras de infraestrutura, “todos fundamentais para a economia capixaba”.
Considerando os 17 setores, diz a Findes, eles são responsáveis pela geração de quase 130 mil empregos formais no Espírito Santo, sendo 85.879 ligados ao segmento industrial, de acordo com dados do Ministério do Trabalho (Rais/2021).
A Findes cita estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de que, no geral, a cada 10% de desoneração da folha de salários estima-se um aumento de 3,4% do emprego
formal.
“De acordo com estudos do Ministério da Economia, a desoneração também aumenta a probabilidade de ingresso no mercado de trabalho em cerca de 3%. Ou seja, os setores desonerados apresentaram maior probabilidade de contratação de mão de obra”, afirma.
Diante disso, para a Findes, medidas que comprometem a competitividade nacional prejudicam o crescimento econômico e o fortalecimento da indústria. “Dessa forma, o veto presidencial e o consequente fim da desoneração podem resultar na redução de oportunidades e investimentos privados no país”.
A Federação acredita que os deputados e os senadores capixabas, assim como os parlamentares dos demais estados, terão a sensibilidade sobre os impactos que a decisão do governo pode ter sobre a economia e certamente irão se manifestar na direção do que é melhor para o país.
“A Federação reforça que a desoneração da folha é imprescindível para o crescimento socioeconômico do Brasil e para a manutenção dos empregos”.