De janeiro a outubro de 2023, as divisas somaram cerca de US$ 1,7 bi, ou R$ 8,25 bi, valor praticamente igual ao total exportado em todo o ano passado. No acumulado deste ano, o crescimento foi de 20% no valor comercializado e de 7,3% em volume. Mais de 2,1 milhões de toneladas de produtos do agronegócio capixaba foram embarcadas para o exterior.
As maiores variações positivas no valor comercializado foram para gengibre (+109%), café cru em grãos (+49,4%), carne bovina (+30,4%), café solúvel (+14,8%), celulose (+9,2%) e chocolates e preparados com cacau (+6,3%), que compensaram a queda em divisas da carne de frango (-47,1%), peixes (-39,5%), mamão (-16,8%), pimenta-do-reino (-13,5%) e álcool etílico (-9,3%).
Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba, complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a outubro deste ano.
Em relação ao volume comercializado, foram registradas variações positivas para café cru em grãos (+88,8%), carne bovina (+33,4%), pimenta-do-reino (+6,1%), chocolates e preparados com cacau (+6%), celulose (+2,3%) e gengibre (+1,4%). Houve queda na quantidade exportada de carne de frango (-51,8%), peixes (-36,2%), mamão (-29,6%) e café solúvel (-4,5%).
“A comercialização internacional do agronegócio capixaba de janeiro a outubro cresceu como esperado, mantendo o otimismo para alcançarmos um montante de cerca de US$ 2 bilhões em 2023, tendo em vista que esperamos um crescimento ainda maior entre novembro e dezembro para vários produtos da nossa pauta de produtos comercializada em mais de 100 países”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Na pauta de exportação do ano passado, a celulose foi o principal produto exportado pelo agronegócio capixaba, correspondendo a 40,53% do valor das exportações. Contudo, em 2023, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon, que praticamente dobrou o volume de sacas exportadas, neste ano.
No acumulado de janeiro a outubro, o complexo cafeeiro permanece em primeiro lugar na geração de divisas, com US$ 784,9 milhões (46,2%), seguido por celulose, com US$ 657,9 milhões (38,7%); pimenta do reino, com US$ 43,8 milhões (7,8%); gengibre, com US$ 29,3 milhões (1,7%); e mamão, com US$ 17 milhões (1%).
“O complexo cafeeiro abriu uma vantagem de US$ 130,8 milhões sobre a celulose e faltam apenas dois meses para fechar o ano. Com base na análise do comportamento mensal das exportações nos cinco últimos anos, o café tende a ter receita superior à celulose nos meses de outubro a dezembro. Portanto, é possível que o café se mantenha à frente da celulose, visto que já tem uma vantagem considerável no acumulado de janeiro a outubro. Os meses posteriores tendem a ser favoráveis para o café, o que deve manter e/ou ampliar a vantagem sobre a celulose para o ano de 2023. O café conilon é o grande responsável por impulsionar esses resultados, visto que o conilon representa mais de 71% do volume exportado do complexo cafeeiro”, complementa Enio Bergoli.
O Espírito Santo foi o estado brasileiro maior exportador de pimenta-do-reino, mamão e gengibre, além do terceiro colocado na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, por meio da Gerência de Dados e Análises (GDN/Seag), realiza mensalmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.