A aplicação de crédito rural para apoiar a expansão e o aumento da produtividade no Espírito Santo cresceu 35% em apenas quatro meses, após o lançamento do Plano de Crédito Rural realizado pelo Governo do Estado, em parceria com a União e diversas instituições financeiras e representativas dos produtores rurais e pescadores.
O comparativo do valor aplicado é referente aos meses de julho a outubro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, que corresponde aos quatro primeiros meses do ano safra.
Entre os meses de julho e outubro de 2022, foi aplicado um total de R$ 2,45 bilhões de crédito rural no Espírito Santo. Já em 2023, no mesmo período, o valor saltou para R$ 3,3 bilhões – um crescimento de 35%.
O número de operações também subiu de 13.290 para 17.414, num aumento de 31%. Os dados foram apurados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a partir de informações do Banco Central.
“Estamos acompanhando uma intensificação das aplicações de crédito rural neste ano safra que começou em julho. Esse crescimento registrado em apenas quatro meses é fruto de um esforço coletivo de diversas instituições que atuam de forma articulada e organizada, com os objetivos de estimular o desenvolvimento agropecuário e fortalecer a economia rural capixaba”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Ele ressaltou que o Plano de Crédito Rural para o Espírito Santo na safra 2023/2024, lançado em julho deste ano, prevê valor recorde e será o maior valor de financiamento da história do Estado.
Os recursos são da ordem de R$ 7,8 bilhões, viabilizados por meio de uma parceria do Governo do Estado com as principais instituições financeiras que aplicam crédito rural no Espírito Santo: Banco do Brasil, Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Caixa Econômica Federal (CEF), Sicoob, Banco do Nordeste e Sicredi.
Todo esse empenho já está beneficiando os produtores capixabas, dado o crescimento das aplicações em direção à meta definida.
“Considerando que a meta de operações para a safra 2023/24 é de 40.629, apenas nos quatro primeiros meses deste ano safra, já alcançamos 43% da meta. E ainda: o valor aplicado neste período de quatro meses (R$ 3,3 bilhões) corresponde a 42% da meta de R$ 7,8 bilhões até junho de 2024. Esse crescimento é importante, já que o crédito rural é um dos principais instrumentos para incentivar os agricultores a modernizar e expandir suas atividades, além de aumentar a produção de alimentos e matérias-primas para garantir maior lucratividade”, frisou Enio Bergoli.
Crescimento do valor aplicado
O crédito rural é destinado para finalidades específicas: investimento, custeio, comercialização e industrialização. O valor aplicado em custeio teve crescimento de 31,3%, subindo de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,5 bilhão.
O custeio cobre as despesas inerentes a um ciclo de produção, podendo ser utilizado desde o beneficiamento da produção até o armazenamento.
Já no investimento, o crescimento foi de 56,6%, passando de R$ 575,8 milhões para R$ 900 milhões. O investimento é o valor que pode ser utilizado em reformas, construções, obras de irrigação ou na compra de equipamentos para a propriedade rural, entre outros itens.
Na modalidade de comercialização, o crescimento foi de 24,8%, passando de R$ 655,6 milhões para R$ 818,4 milhões. O crédito comercialização auxilia na venda dos produtos no mercado.
Na modalidade de industrialização, o valor reduziu 8,9%, saindo de R$ 46 milhões para R$ 41,9 milhões. O crédito industrialização é voltado para a industrialização de produtos agropecuários.
As análises comparativas são referentes ao período de julho a outubro de 2023, ante ao mesmo período de 2022.
Crescimento do número de operações
O número de operações, a quantidade individual de operações bancárias por produtor, também cresceu. Entre julho e outubro de 2022, foram 13.290. No mesmo período deste ano, já foram registradas 17.414, um aumento de 31%.
As operações voltadas para custeio aumentaram 12,1%, saindo de 7.635 para 8.557. Já as operações de investimento cresceram 54,4%, saindo de 5.183 para 8.000, e as operações de comercialização aumentaram 83,2%, saindo de 463 para 848. Não houve alteração no número de operações de industrialização.
Os dados foram extraídos em 13 de novembro de 2023, às 7h20.