A Justiça determinou a prisão temporária de três das quatro mulheres suspeitas de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas em Linhares e região. Diversos mandados de busca e apreensão já haviam sido realizados na última quarta-feira (1) em endereços em Linhares e no apartamento de uma das suspeitas em Vitória.
O juiz da 1ª Vara criminal de Linhares, Tiago Camata, manteve a prisão preventiva de três mulheres, entre elas duas universitárias, e a mãe de um adolescente que está internado no Iases, também suspeito de pertencer ao grupo.
Outro homem acusado de integrar o esquema já estava preso. Foi a partir da análise do aparelho celular dele que o Ministério Público descobriu o envolvimento das três universitárias. Uma delas cursa direito na Faceli e faz estágio no Fórum de Linhares. A jovem teria acessado o sistema do judiciário para alertar comparsas sobre mandados de prisão contra eles.
No celular do homem preso também havia mensagens trocadas com a mãe do adolescente apreendido no Iases. Numa das mensagens a mulher transmite o recado do filho que pede ao comparsa que mate a ex-namorada dele.
Outras mensagens mostraram o envolvimento das universitárias no grupo. Uma delas que faz medicina em Vitória teria negociado a venda de drogas ao homem detido. As detidas foram encaminhadas à unidade prisional feminina de Colatina, onde permanecerão à disposição da Justiça.
Os trabalhos foram conduzidos por promotores de Justiça com o apoio de servidores do MPES e auxílio de dez policiais militares do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES.
O nome da operação é uma referência a uma mensagem divulgada por um dos envolvidos, orientando os demais integrantes da organização a divulgarem que, além de uma quadrilha, formariam uma “grande família”. As investigações continuam com a análise do material apreendido.