Priorizar a seleção brasileira ou desfalcar os clubes na reta final do Campeonato Brasileiro? O técnico Mano Menezes vai revelar nesta quinta-feira, às 15h (de Brasília), no Hotel Sheraton, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, qual decisão tomou ao divulgar a lista dos convocados do time canarinho para os amistosos contra o Iraque, comandado por Zico, no dia 11 de outubro, em Malmo, na Suécia, e dia 16, diante do Japão, na Breslávia, na Polônia.
Mano tem duas opções para montar o grupo canarinho para os dois compromissos: levar Neymar, Lucas & cia. e causar uma chiadeira geral entre os clubes brasileiros ou poupar os atletas e chamar apenas jogadores que atuam na Europa. O comandante viveu a mesma situação em novembro do ano passado, nos amistosos contra o Gabão, em Libreville, e o Egito, em Doha, no Qatar. Naquela ocasião, apenas “estrangeiros” foram lembrados pelo comandante.
Caso sejam convocados, os atletas que atuam no Brasil vão perder três rodadas da competição nacional. Jogos importantes, com clubes envolvidos diretamente na briga pelo título, por vagas em competições continentais e contra o rebaixamento. Clássicos como Corinthians x Flamengo, no dia 10 de outubro, e Santos x Atlético-MG, no dia 17, não contarão, por exemplo, com Neymar, Paulinho…
Em Goiânia, após a disputa do Superclássico das Américas, contra a Argentina, o diretor de Seleções, Andrés Sanches, afirmou que a CBF iria analisar caso a caso para decidir pela convocação ou não dos atletas que atuam no Brasil.
– É o que o Mano já disse. Nós vamos analisar cada caso, se o time está disputando o título, lutando contra o rebaixamento. Vamos respeitar.
O presidente da CBF, José Maria Marin, preferiu não interferir na decisão da comissão técnica. O mandatário deixou a opção a cargo de Mano Menezes e Sanches.
– É uma decisão da comissão técnica e do diretor de Seleções e eu não vou interferir.
No ano passado, no mesmo período, Mano deu declarações afirmando que a prioridade seria a seleção brasileira.
– Pensamos prioritariamente na Seleção. Não é possível compatibilizar todas as questões e jogar pela Seleção ainda é importante. Precisamos enxergar para frente. O Brasileiro tem 38 rodadas e não será decidido em uma rodada, por um ou dois jogadores, mas por um grupo de atletas. Existe 2014 lá na frente e temos trabalhado pensando só nisso – afirmou o treinador.
Fonte: Globoesporte.com