“Quem deseja adquirir a casa própria também pode contar com alguns incentivos do Governo Federal, como o programa Minha casa, minha vida”, afirma o docente dos cursos de Administração e Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras de Linhares, Tiago Pessotti.
O aumento na procura por crédito também ocorre pelo sonho da casa própria, cada vez mais acessível para a população brasileira. “O objetivo inicial de qualquer família é a aquisição da casa própria”, ressalta o professor de Gestão Comercial e Financeira da Universidade de Cuiabá (UNIC), Emanuel Daubian. A demanda cresce graças a facilidade em adquirir crédito para compra de imóveis, prazo maior de quitação e aumento dos aluguéis. Outro incentivo foi realizado pelos bancos privados, que perceberam que o crédito habitacional é uma ótima fonte de receita, considerando que o risco baixo já que o próprio imóvel é a garantia do empréstimo. Atualmente, o crédito imobiliário é de fácil aquisição: basta ter renda compatível com o valor financiado e não possuir dívidas pendentes.
Por todos estes motivos, o período se tornou propício para a aquisição da casa própria. No entanto, é necessário tomar cuidado na compra do primeiro imóvel para não cair em uma dívida perigosa. “O crédito imobiliário está disponível, mas o comprador precisa ficar atento às condições impostas pelo banco”, explica Pessoti. “A taxa de juros, as garantias exigidas pelo banco e o valor da entrada são fatores que merecem atenção”, pontua. O primeiro passo para a obtenção segura do crédito é solicitar ao banco uma simulação das prestações para verificar se estão adequadas ao orçamento familiar, tanto presente, quanto futuro: a obtenção do crédito imobiliário mudará o curso de vida da família e por isso deve ser planejado.
“É aconselhável que o valor da parcela mensal não ultrapasse 30% do rendimento familiar”, recomenda o coordenador do curso da Unopar, José Rogel. Importante lembrar que o valor do imóvel não é a única despesa durante o processo. “O consumidor deve levar em consideração outros gastos para a regularização do imóvel, como a escritura da casa e impostos municipais que são valores significativos”, completa. Outra precaução interessante é levar o contrato para a análise de um administrador especialista em crédito imobiliário a fim de analisar as cláusulas do contrato “As pessoas devem lembrar que o financiamento direto com a construtora possui um risco mais elevado”, reforça Daubian.
Depois de entrar no imóvel, o comprador ainda deve se disciplinar financeiramente e não atrasar as parcelas do financiamento. A punição mais comum no caso de atraso é a cobrança de multa e juros. “Se o comprador deixar de pagar muitas prestações, o banco poderá executar judicialmente as garantias oferecidas no contrato”, esclarece Pessotti. Uma boa alternativa para os esquecidos de plantão é optar pelo débito automático na conta corrente. Apesar da série de cuidados e um pouco de burocracia, comprar um imóvel é um esforço que vale a pena, segundo o docente da Unopar. “Sempre será melhor investir em um bem próprio ao invés do aluguel”, finaliza.
Redação Portal Ouro Negro