A operação G-37, ocorreu nas cidades de Barbacena, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Lavras e Periquito.
Segundo informações do MP-MG, o esquema teria se iniciado quando postos da rede compravam álcool de usinas de Minas Gerais, passando-se por distribuidoras da região Nordeste do país ou do Espírito Santo, onde o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é de 7%, valor inferior aos 19% de alíquota cobrada das distribuidoras de Minas Gerais. Com isso, a rede reduzia a carga tributária em 12%.
Mas, segundo a apuração, o álcool não saía de Minas Gerais, era transportado por caminhões do grupo – que se passavam por veículos da distribuidora de outros estados – até os postos de combustível da Gentil. Pela legislação brasileira, os postos não podem comprar combustível diretamente das usinas, o produto precisa passar pelas distribuidoras.
Ao criar as distribuidoras de fachada na região Nordeste do Brasil e no Espírito Santo, os postos, que pagariam 41 centavos de ICMS aos cofres públicos de Minas Gerais por litro de álcool comprado em distribuidoras do Estado, pagavam apenas 10 centavos, ao se passarem por empresas de outros Estados, uma fraude de 31 centavos por litro de álcool.
No Espírito Santo a rede de postos possui estabelecimentos nos municípios de Fundão, Ibiraçu e Linhares.
O Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados do Petróleo do Estado (Sindipostos-ES), solicitou ao Ministério Público do Espírito Santo, a apuração de indícios de irregularidades da empresa no Estado. O sindicato enviou um requerimento ao MP-ES para verificar as unidades da Rede de Postos Gentil no estado.
A Redação entrou em contato com a assessoria do Ministério Público do Espírito Santo MP-ES, que informou por telefone que ainda não havia tomado conhecimento sobre a denúncia em função do expediente do órgão ter sido encerrado nesta quinta-feira (4) às 14 horas, devido à manifestação que estava ocorrendo em Vitória. O MP deve enviar nota à imprensa sobre o assunto ainda nesta sexta-feira (5).
Há suspeita de adulteração nas bombas
Em Governador Valadares, além de dois homens terem sido presos e de a polícia ter enconrado munição e armas nas casas deles e no escritório de contabilidade do posto, duas bombas de combustível foram lacradas por suspeita de adulteração nos equipamentos. Segundo o Jornal de Lavras, a adulteração ocorreria para mascarar a sonegação de impostos. O esquema esconderia o volume adquirido sem nota a fim de tornar o volume de entrada de álcool compatível com o de saída. Esse seria o segredo para manter preços tão abaixo dos praticados no mercado.
Redação Portal Ouro Negro
Com informações Ministério Público de Minas Gerais