emdia.es/159684
A previsão é que o CIM seja instalado na cidade ainda neste ano. O objetivo é proporcionar mais segurança para as mulheres reduzindo os índices de violência.
Confira abaixo a entrevista:
– Quando vai ser implantado o Centro Integrado da Mulher (CIM) em Linhares?
Estive conversando com a Dr.ª Hermínia Azoury, juíza coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e ela me disse que até novembro deste ano o CIM estará funcionando em nosso município.
– Qual a sua satisfação como vice-prefeita de ter buscado esse CIM?
É uma satisfação enorme, pois a luta foi grande. Durante a campanha, minha assessoria e eu, conseguimos incluir no programa de governo do então candidato a prefeito, Nozinho, a proposta da construção da Delegacia da Mulher, foi o primeiro passo.
Este ano, fizemos uma passeata, junto com as famílias de vítimas de violência contra a mulher, contando com a presença da ilustre Senadora da República Ana Rita Esgrario, que preside a Comissão de Direitos Humanos no Senado e é relatora da CPMI da Violência contra a Mulher. Depois estive com o Presidente do tribunal de Justiça, Dr. Pedro Valls Feu Rosa, pedindo a ele que pudesse trazer o CIM para Linhares.
Ele nos encaminhou para a Dr.ª Hermínia Azoury e conversamos com ela várias vezes, em seguida como a situação de nosso município é grave com relação a este tema, o Governo do Estado encaminhou também a Coordenadora de Políticas para as Mulheres, Laudicéia Schuaba Andrade, para uma visita ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares para constatarmos a deficiência do atendimento às vítimas de Violência Doméstica em nosso município e graças a Deus, conseguimos essa vitória de trazermos o CIM para Linhares.
– Com o Centro Integrado da Mulher você acredita que a o índice de violência contra as mulheres vai ser reduzido?
Sem dúvida é um passo muito importante. Mas, sempre digo que uma ação isolada nunca é o suficiente para termos os resultados que desejamos. É preciso que um trabalho em conjunto seja realizado, entre as várias políticas, de Assistência Social, Segurança Pública, Educação, Saúde, etc. E que todos participem: o poder público, a comunidade, igrejas, todos devem estar envolvidos.
– Quais os atendimentos que as mulheres irão receber neste CIM?
Os Centros Integrados da Mulher (CIM), idealizados pela juíza-coordenadora da Violência Doméstica no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Hermínia Maria Silveira Azoury. No local, as mulheres vítimas de violência vão contar com atendimento médico, psicológico, assistência social, e todo atendimento jurídico necessário, como Vara da Mulher, Delegacia de Defesa da Mulher, Promotoria da Mulher e Defensoria Pública.
– O botão do pânico vai ser implantado aqui no município no mesmo período que CIM, e como funciona?
Segundo informações que obtive, a Coordenação da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJES também vai implementar no município o programa Botão do Pânico, que já funciona em parceria com a prefeitura do município e o Instituto Nacional de Tecnologia Preventiva (INTP).
Através do programa, as mulheres vítimas de violência doméstica e com medida protetiva contra os agressores, recebem um dispositivo que deve ser acionado em caso de aproximação do agressor. Quando é acionado, o dispositivo se transforma em uma escuta de alta performance que vai permitir à Guarda Municipal de Linhares localizar a mulher, bem como monitorar e gravar eventuais diálogos para efeito de prova. Em Vitória, dois agressores já foram presos, graças a esse dispositivo, conhecido como Botão do Pânico.
Redação Portal Ouro Negro
Por Carol Paiva Said
