Os sintomas são vários. Náusea, fraqueza excessiva, dor no peito, no braço esquerdo, falta de ar e suor frio. Estes são apenas alguns dos sinais de um problema chamado infarto, também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco.
É caracterizado pela interrupção do fluxo sanguíneo no coração, provocado pelo entupimento de artérias coronárias. Entre as causas, um coágulo ou uma placa de gordura, por exemplo.
Na última quarta-feira (4), o empresário Carlos Felipe Peixoto, de 51 anos, morreu após fazer exercícios físicos e passar mal, ao sair de uma academia localizada na Praia do Canto, em Vitória. A família suspeita que ele tenha sido vítima de um infarto fulminante.
“Ele saiu da academia, sentou no banco e não estava bem. Uma equipe do Samu foi acionada, entretanto, ele acabou falecendo dentro da ambulância. Foi um mal súbito. A principal suspeita é dele ter sofrido um infarto fulminante”, contou Thamires Trindade, esposa de Carlos Felipe.
Mas o que é infarto? E infarto fulminante? Na prática, não há diferença entre os termos, mas o fato é que algumas pessoas morrem instantaneamente. Já outras, apresentam sinais de sofrer do chamado mal súbito (uma condição caracterizada pela perda de consciência de uma pessoa, relacionada à problemas no cérebro ou coração). Nesse caso, existe a chance de ser socorrida e salva.
Há ainda um outro termo bastante conhecido: morte súbita que é quando uma pessoa morre no momento do infarto ou em até 24 horas depois.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apontam que cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração. Por ano, cerca de 400 mil pessoas morrem em decorrência dessas enfermidades. O número corresponde a 30% de todas as mortes registradas no país.
Dos 17 milhões de óbitos provocados pelas doenças cardiovasculares todos os anos no mundo inteiro, estima-se que 4 milhões sejam decorrentes da morte súbita, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Causas do problema de acordo com a idade dos pacientes
Segundo o médico cardiologista Fabiano Rua, de maneira geral, as causas do mal súbito e morte súbita são segmentadas de acordo com a faixa etária da população.
“Acima de 40 anos, o mais provável é se tratar de causas ateroscleróticas, ou seja, por entupimento de artérias. Isso pode levar ao infarto e AVC. Abaixo de 40 anos, a probabilidade de ser causa genética é maior, como as canalopatias citadas acima ou doenças do músculo cardíaco ( que levam ao enrijecimento do coração). Ainda nos pacientes jovens, devemos sempre pensar no Tromboembolismo como possibilidade”.
É possível evitar um infarto?
Não há mistério! Manter um estilo de vida saudável, com rotina de atividades físicas e boa alimentação contribui bastante para a prevenção. Largar hábitos nocivos, como o tabagismo, e manter o corpo bem hidratado, é fundamental.
Um outro ponto importante é identificar doenças que podem levar a tratamentos que diminuam as chances de eventos inesperados. “Temos disponíveis medicações, possibilidade de cateterismo, cirurgias e até mesmo de ablação das arritmias potencialmente fatais. Este procedimento visa reduzir a chance de arritmias em grupos de pessoas com doença identificada”, explicou o cardiologista.
Confira o passo a passo e saiba o que fazer em caso de suspeita de infarto
Em primeiro lugar e antes de qualquer coisa, é preciso entender que qualquer pessoa que apresente sinais de alerta para ataque cardíaco deve ser socorrida com urgência e levada para tratamento médico.
1. Ao surgirem os primeiros sintomas, procure socorro imediato pelo Samu 192;
2. Caso a vítima esteja consciente, procure acalma-la;
3. Coloque a vítima em uma posição confortável (pode ser deitada ou sentada) e afrouxe as roupas;
4. Diante de casos mais graves, se a vítima não estiver respirando e sem pulso, manobras de ressuscitação, como a massagem cardíaca, devem ser adotadas, principalmente se a pessoa tiver conhecimentos de primeiros socorros;
E o mais importante! Diante de qualquer suspeita de doenças do coração, procure um médico cardiologista. Consultas check-ups e consultas de rotina regulares podem afastar as chances de que algo grave aconteça.