Cerca de dois milhões de pessoas estavam procurando por trabalho por dois anos ou mais no fim do segundo trimestre deste ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em uma pesquisa divulgada na terça-feira (15).
Apesar do expressivo contingente, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostram uma redução de 31,7%, o que representa 945 mil pessoas a menos.
Ainda segundo o IBGE, aproximadamente 4 milhões de pessoas estavam há um mês e há menos de um ano em busca de uma vaga de trabalho. Frente ao segundo trimestre do ano passado, a redução foi de 5,5%, ou de 237 mil pessoas.
A taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,0% no trimestre encerrado em junho, o menor resultado para o período desde 2014. É uma redução de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março. Já na comparação com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), o índice teve queda ainda maior, de 1,3 ponto.
Diferença por gênero
Ainda segundo os dados divulgados pelo IBGE, a diferença na taxa de desocupação entre homens e mulheres ficou menor no segundo trimestre. Ela foi estimada em 6,9% para eles e 9,6% para elas.
Essa diferença diminuiu porque, embora os dois grupos tenham tido redução na taxa de desocupação, a queda das mulheres foi de 1,3 ponto porcentual, maior que a dos homens, 0,3 ponto.
As mulheres também tiveram um aumento maior no nível de ocupação: 0,6 ponto contra 0,4 ponto dos homens. Com isso, o nível de ocupação das mulheres chegou a 47,1%, enquanto o dos homens foi de 66,8%. Esse indicador calcula o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
No recorte por cor ou raça, enquanto a taxa de desocupação dos brancos (6,3%) ficou abaixo da média nacional (8,0%), a dos pretos (10,0%) e a dos pardos (9,3%) seguem acima.
No início da série histórica da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012, a média também foi estimada em 8,0% e havia a seguinte situação: pretos tinham taxa de desocupação de 9,7%, pardos, de 9,2% e brancos, de 6,7%.