O Polo de Manga, que beneficia em torno de 1.200 produtores de 17 municípios da Região Noroeste do Espírito Santo, irá oferecer 30 mil mudas da variedade Ubá, também conhecida como manguita ou manga coquinho. O objetivo é aumentar a área plantada e, consequentemente, a produção de manga no Estado. “Pretendemos chegar a três mil hectares de área plantada até o ano de 2024. Esta logística é necessária para atendermos à demanda da indústria”, destacou José Carlos Grobério, do Departamento de Operações Técnicas (DOT) do Incaper.
A expectativa é passar das mil toneladas produzidas atualmente para quatro mil toneladas em 2013. Além de aumentar a quantidade, as ações do Incaper primam também pela qualidade do produto. Os cuidados vão da pré-florada até a pós-colheita, alinhados ao projeto estratégico do Incaper de promover o desenvolvimento e a sustentabilidade dos sistemas produtivos.
“Devemos ter atenção com a parte nutricional e de adubação da mangueira. No período de florada, a preocupação é com a antracnose, um fungo que ataca a inflorescência. A ideia é instalar vários trabalhos de pesquisa visando à uniformização da produção de manga, garantindo floradas menos desiguais por meio do trato cultural e da indução floral. Estamos trabalhando também uma forma de garantir mais longevidade à manguita, tendo em vista que ela estraga facilmente e não tem muito valor na gôndola. Pretendemos ainda ampliar a infraestrutura, providenciando contentores plásticos adequados para o transporte da produção”, destacou Grobério.
Quase toda a produção de manga capixaba tem destino certo: uma indústria de polpa de frutas instalada em Linhares. O preço é fixo, do início ao final da safra, o que ajuda o produtor a planejar melhor o orçamento. O Incaper já realiza ações para o fortalecimento das associações para o trabalho de comercialização coletiva da manga. Inicialmente, estes trabalhos estão concentrados em seis municípios integrantes do Polo de Manga, e podem se estender para outras cidades.
Todas estas ações foram discutidas durante uma reunião do Polo de Manga, e estão alinhadas aos objetivos estratégicos do Incaper: Gerar, adaptar e/ou resgatar tecnologias para o crescimento da produção, redução de custo e melhoria do valor agregado com ações pautadas no método científico. “Sugerimos que os produtores procurem os escritórios do Incaper nos municípios que fazem parte do Polo de Manga, para que se informem mais sobre a atividade. O cultivo de manga é uma grande alternativa de renda na propriedade rural”, finaliza Grobério.
Redação Portal Ouro Negro