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Para todos os públicos: Publicidade se torna mais abrangente por conta da Classe C

29 jan 2013 - 19:34

Redação Em Dia ES

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 “A mudança ocorreu quando se percebeu que a classe C passou a exigir produtos de qualidade e, de certa forma, similares aos consumidos pelas classes mais altas”, explica a docente do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Pitágoras de Linhares, Jussara Carvalho de Oliveira. Além do investimento em cultura, viagem e lazer, a “nova classe média” prioriza a aquisição de produtos de limpeza e higiene pessoal de marcas reconhecidas.

“Atualmente, o público da classe C tem maior poder de compra e prefere produtos de qualidade, bem como marcas mais conhecidas”, complementa o professor de Publicidade e Propaganda da Unopar, Fabio Regioli. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular mostrou que a classe C gasta mais com roupas do que com educação para os filhos. Visualizando esse mercado como uma nova oportunidade, publicitários tiveram que rever as estratégias de comunicação, que se destinavam basicamente para as classes com maior poder aquisitivo e adequá-las para a classe emergente, ávida por produtos e serviços.

De acordo com Jussara, a mensagem da propaganda se tornou mais abrangente para que pudesse agradar a grande parte dos consumidores, sem ser vulgar ou estereotipada. A classe C pode ser atingida positivamente e estimulada ao consumo com propagandas bem elaboradas, mas ainda de caráter massivo, com foco na oferta e qualidade. Por outro lado, as classes A e B querem um diferencial e desejam atendimento mais personalizado. “De qualquer forma, existem elementos comuns que atraem todas as classes como a criatividade, clareza na mensagem, uso de elementos que falem de coisas boas e bonitas, sem agressividade”, enfatiza.

Além da mudança de consumo e de mensagens, os publicitários tiveram que alterar os canais de comunicação com seus públicos-alvo: com o advento da internet e aumento na acessibilidade, a classe C – que antes era muito atingida por comerciais em televisão e rádio – passou a utilizar a internet como ferramenta de informação e de compra, por meio do e-commerce. “Segundo pesquisas atuais, 56% das pessoas com acesso à internet pertencem à classe C, mas não se deve colocar as demais mídias em segundo plano”, afirma o especialista de Londrina.

Fica à cargo das agências de publicidade e das marcas encontrarem a combinação perfeita entre os veículos de comunicação, mensagens destinadas e imagem de cada produto para uma comunicação mais efetiva para todos os públicos consumidores. Apesar de tantas adequações, a publicidade para classe C gera retorno rapidamente, fato relevante que a grande maioria das empresas deve considerar na divulgação final. “Diante de tal cenário, as agências não podem perder o filão publicitário que surge com os novos consumidores”, completa Regioli.

Redação Portal Ouro Negro

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Atualizado: 29/01/2013 19:34

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