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Para tentar explicar “brincadeira”, “Pânico” deixa o humor de lado e recorre até a psicólogo

15 abr 2013 - 13:54

Redação Em Dia ES

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Estou falando, claro, da péssima repercussão das imagens do diretor Gerald Thomas colocando a mão por dentro do vestido de Nicole Bahls durante o lançamento do livro “Arranhando a Superfície”, na Livraria da Travessa, no Rio, na última quarta-feira (10).

O programa recorreu a Jacob Pinheiro Goldberg, o mais midiático dos psicólogos, para ensinar ao público que as cenas exibidas ocorreram no contexto de uma encenação. “Gerald faz um teatro de provocação. Cada pessoa projeta numa cena de provocação suas próprias emoções. Tem gente que vai se sentir profundamente atingida, e é um direito deste indivíduo, e outros simplesmente vão achar graça, que é, me parece, o objetivo do Gerald.”

Depois de ver uma das imagens do embate entre os dois, o psicólogo acrescentou: “Essa cena mostra que existe uma relação entre Nicole e Gerald de parceria. Os dois estão participando de uma cena. Não se pode considerar que o Gerald tenha sido vilão ou tenha agredido a Nicole. De qualquer maneira, cumpre registrar que a Nicole é irresistível”.

Além de Goldberg, o próprio Gerald Thomas gravou um depoimento reforçando a ideia de que os gestos captados pelas lentes dos fotógrafos deveriam ser entendidos como uma brincadeira da qual ele participou em resposta às provocações que sofreu do “Pânico”.

Daniel Zukerman, na pele do personagem Tucano Hulk, e Wellington Muniz, o Ceará, caracterizado como Micome Bahls, apresentaram Nicole a Gerald dizendo que se tratava da primeira vez da modelo na função de repórter. “Peraí, deixa eu ver o sexo real”, diz o diretor, antes de colocar a mão dentro do vestido.

Antes, ele havia feito menção de abrir a braguilha da calça de Zukerman e apalpou as pernas de Ceará, que usava um vestido idêntico ao de Nicole. Ao longo de toda a reportagem, Gerald debocha dos repórteres e fala muitos palavrões.

Não ficou claro se a própria Nicole se convenceu do caráter teatral do gesto. Depois de ouvir a explicação, ela disse, dirigindo-se ao apresentador do”Pânico”: “Emilio, eu não dou apoio pra ninguém… Se fosse na rua, eu ia processar, fazer o barraco todo”, disse. Surita pareceu um pouco impaciente ao responder: “Eu tô falando, Nicole, no contexto de um programa de humor. É lógico que a gente não quer, de maneira alguma, violência contra a mulher”.

Mesmo admitindo que possa ter sido de “mau gosto”, Surita insistiu ao final do programa que o gesto de Gerald deve ser entendido como uma piada. “Isso aqui é um programa de humor “, disse, muito sério.

Parece claro, pelo esforço feito, que a repercussão da “brincadeira” de Gerald com Nicole causou desconforto ao programa. Resta ver se a explicação vai convencer.

Fonte: Uol.com.br

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Atualizado: 15/04/2013 13:54

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