A Polícia Civil do Estado do Espirito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, concluiu o inquérito policial que investigou a morte do músico Guilherme Rocha, que ocorreu no dia 17 de abril, no bairro Jardim Camburi. A Polícia Civil do Estado do Espirito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, concluiu o inquérito policial que investigou a morte do músico Guilherme Rocha, que ocorreu no dia 17 de abril, no bairro Jardim Camburi. O autor dos disparos, o policial militar, Lucas Torrezani, de 28 anos, foi detido em flagrante e agora é réu. O amigo do militar, identificado como Jordan Ribeiro de Oliveira, que estava no momento do crime, também foi indiciado.
Nesta segunda-feira (19), o delegado responsável pelas investigações e os peritos contaram detalhes do crime. Durante as investigações, a polícia descobriu um grupo no Whatsapp, com cerca de seis pessoas, em que o policial e os amigos usavam para marcar os encontros e festas no condomínio. Foi neste grupo que o soldado da PM debochou da vítima no dia seguinte ao crime.
“(…) Ele se manifestou em um grupo de WhatsApp demonstrando total desapego à vida da vítima Guilherme dizendo ‘ele queria dormir, agora dormiu’” , ressaltou a juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage, da 1ª Vara Criminal de Vitória, em trecho do processo.
De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, um outro grupo no aplicativo de mensagens foi criado pelo policial, onde ele, o amigo (Jordan) e outra testemunha tentaram combinar uma versão inverídica do crime (alegando legítima defesa).
Sobre o crime
Segundo a polícia, Guilherme foi assassinado após reclamar de som alto com o vizinho policial, que bebia com amigos na entrada do condomínio durante a madrugada.
De acordo com os autos do processo, que corre no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o músico pediu por duas vezes que o policial e os amigos diminuíssem o volume do som, pois ele e sua família não estavam conseguindo dormir por conta do barulho que eles estavam fazendo.
Por volta das 3h da manhã Guilherme dirigiu-se até o local novamente, pedindo mais uma vez que o policial e os amigos deixassem o local, foi quando Lucas sacou a arma de fogo que portava consigo e intimidou a vítima dizendo “eu sou PM, o que você vai fazer?”, instante em que o amigo do policial, Jordan, empurrou o músico no chão.
“Aproveitando-se da condição de vulnerabilidade da vítima, o acusado Lucas efetuou um disparo de arma de fogo contra ela, provocando-lhe as lesões que foram a causa suficiente para sua morte”, relata a juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage, da 1ª Vara Criminal de Vitória, em trecho do processo.
Mesmo ferido, Guilherme tentou deixar o local do crime, no entanto, caiu no chão agonizando enquanto o policial terminou de ingerir sua bebida alcoólica acompanhando a cena.
Diante do ocorrido, a juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage, da 1ª Vara Criminal de Vitória, solicitou a prisão preventiva de Lucas Torrezani, que já está preso desde o dia seguinte ao crime, no Quartel da Polícia Militar, na capital.