O dono do site de notícias Folha do ES, Jackson Rangel, foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) a 10 meses e 10 dias de detenção e ao pagamento de 10 dias-multa por divulgação de fake news por duas vezes e difamação eleitoral durante as eleições de 2020. O empresário está preso desde 15 de dezembro de 2022.
Uma das publicações feitas pelo jornalista no Facebook acusava o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim de dar merenda estragada e superfaturada aos alunos da rede municipal.
Outro fato destacado foi uma publicação no site Folha do ES de um texto fictício intitulado “Capítulo VI: a vida libidinosa do Czar” em que Jackson Rangel atribuiu a Victor Coelho a existência de relacionamentos extraconjugais e conduta indecorosa.
A denúncia detalhou que Jackson teria divulgado mensagens via WhatsApp com pedido de não voto no candidato “sob a falsa imputação de que humilha sua família, copulando com sua secretária”.
Outro ponto da denúncia se refere a uma postagem anunciando a possibilidade de prisão do então prefeito em caso de descumprimento de decisão judicial em favor de fiscais do município. Para o TRE-ES, Jackson Rangel excedeu o direito de liberdade de expressão e informação e ofendeu a honra e imagem do candidato.
Em dezembro de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão de Jackson Rangel e outros três no Espírito Santo, no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos.
Jackson Rangel é investigado por extenso histórico de abusos no exercício da liberdade de imprensa e de expressão, com ataques a diversas instituições e seus integrantes, além do Supremo.